Do ponto de vista tecnológico, sistemas de segurança eletrônica para estacionamentos, com poucas exceções, são essencialmente tratados como complementos ao sistema principal de um condomínio comercial ou residencial. |
Objetivo deste texto é levantar alguns problemas recorrentes no dia a dia dos estacionamentos e apontar brevemente soluções e opções de sistemas para serem estudadas.
Em geral, integradores e clientes optam, por uma questão orçamentária, tratar o controle de acesso com cancelas (em muitos casos eclusas) e monitorar entradas e áreas de manobra. De fato isso atende parcialmente e inibe boa parte dos problemas. Entretanto ainda há polêmicas causadas por eventuais avarias em veículos, onde clientes de shoppings e condôminos alegam terem sido vítimas dentro do estabelecimento, este que acaba arcando com o ônus na falta de provas para provar o contrário. Há também os riscos de se portar um cartão de proximidade que pode ser perdido ou mesmo roubado, abrindo as portas de um condomínio ou de uma empresa caso uma medida não seja tomada a tempo. Esses casos, além de diminuir a segurança de um empreendimento, geram custos altos que podem ser facilmente substituídos por bons investimentos em tecnologia. Nos últimos meses essa demanda veio crescendo e a sensação de que vale a pena investir trouxe projetos com essas características. Sobre CFTV, monitorar 100% das vagas do estacionamento é um desafio que só se resolve a um custo muito alto. Sabendo disso, o que pode ser feito para melhorar o resultado do sistema é investir em câmeras de alta resolução para armazenar imagens dos veículos na entrada e na saída, sendo possível até mesmo verificar com detalhes se o veículo já entrou batido ou riscado e se saiu ileso. Uma ou duas ocorrências do tipo já paga o investimento inicial.
Saindo do custo mais baixo, mas já pensando em outras operações de controle de acesso, já temos confiáveis sistemas de reconhecimento de caracteres integrados aos sistemas de CFTV capazes de ler a placa dos veículos com câmeras IP e atribuir a essa leitura uma série de funcionalidades usadas até então com cartões, controles remotos, tags e biometrias. Um bom sistema de identificação e de acesso a estacionamento pede um fechamento por eclusa, onde apenas um portão se abre por vez mediante autorização eletrônica ou humana.
O que pode ser feito neste cenário é aplicar validações distintas para cada etapa. Por exemplo: no primeiro portão (seja o de fora para entrar, seja o de dentro para sair) é feita a identificação do veículo (por tag, controle remoto ou leitura de placa) e no segundo portão é feita a identificação do condutor (por cartão ou biometria). Com estes dados cruzados, o segundo portão é aberto, mesmo utilizando recursos de coação definidos caso a caso.
O leque de opções tanto de sistemas quanto de equipamentos é enorme. O ideal mesmo é procurar estancar o problema aplicando a tecnologia de segurança adequada, seja ela simples ou complexa. Afinal o barato e o caro não são medidos apenas no custo em reais do produto, mas sim no valor que se deixa de perder com um ótimo investimento na prevenção.
(Fonte: Jornal da Segurança - Outubro/ 2012. Reportagem de: Rodrigo Baldin)
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