Automação residencial: Conforto, segurança e economia


Você entra em casa, passa o dedo em um controle e, automaticamente, a televisão liga no seu canal preferido, o rádio toca a música que você mais gosta, o ar condicionado deixa a sala na temperatura ideal, as cortinas se abrem e é possível ver que, lá fora, o jardim começa a ser irrigado. Parece ficção científica, mas é apenas tecnologia.
José Roberto Muratori, da Associação Brasileira de Automação Residencial (Aureside), explica que a automação residencial é “um conjunto de tecnologias das quais se pode dispor na residência de forma integrada”. Cada dispositivo eletroeletrônico precisa de uma ação humana individual para ser ativado, mas, com a tecnologia, eles serão acionados por um só sistema. Dessa forma, em um mesmo dispositivo controlam-se coisas tão diferentes como o aparelho de som e as cortinas de casa.
O sistema usa um controle remoto integrado, mas já existem aplicativos para celular para comandar diversas funções na residência, e nem é preciso estar no ambiente. Günter Albrecht, da Ideal Home, conta que a pessoa pode ligar para casa e acionar uma série de coisas, como o alarme, e fechar as janelas. Ele explica que a automação não é difícil de fazer. Os aparelhos que usam infravermelho, ou seja, são acionados com controle remoto, não precisam de adaptação. Já lâmpadas e cortinas, por exemplo, precisam de módulos de automação para serem integrados, mas a instalação é simples.
O uso da tecnologia é também uma maneira de potencializar sistemas de segurança já instalados. Denys von Atzinger, da At Home, lembra do programa que desliga todas as luzes e equipamentos quando a pessoa sai, e “se houver qualquer movimentação dentro da casa ou abertura de uma porta ou janela o cliente poderá ser notificado por e-mail e, por meio das câmeras, visualizar o que está acontecendo”. Além disso, Albrecht fala na prevenção de acidentes, pois há tecnologias que conseguem, por exemplo, perceber vazamentos de gás, cortar o abastecimento de casa, abrir as janelas e ainda avisar ao morador o que ocorreu. A automação também ajuda a gastar menos energia, pois há uma racionalização no uso de eletricidade em coisas como lâmpadas e ar condicionado. Segundo ele, a economia chega a 30% em relação ao consumo normal.
Muratori identifica um aumento no mercado de automação devido ao perfil das pessoas que compram imóveis atualmente. Segundo ele, são jovens que já estão acostumados à tecnologia e que, por isso mesmo, buscam a integração de sistemas em suas residências. Albrecht, por sua vez, identifica uma popularização maior desse produto. “Há alguns anos, era restrito a classes mais altas, mas, com o passar do tempo, os preços têm caído com as várias opções oferecidas no mercado”, diz ele. Albrecht conta que as pessoas começam com uma automação básica, em um só cômodo, como a sala de TV, mas logo ampliam para configurações mais completas. Por fim, Muratori identifica dois tipos de pessoas que usam a automatização: aquelas que precisam, como pais que querem monitorar os filhos, e as que simplesmente gostam de tecnologia e de suas facilidades.

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