Etiquetas inteligentes, controle patrimonial e logístico




No início dos anos 2000, um projeto de controle logístico e de varejo da rede Wall Mart despertou grande interesse e projetou uma nova era no controle de ativos (sejam ativos fixos das empresas, estoques em centros de distribuição ou mesmo itens de venda nas gôndolas do varejo). Eram as “etiquetas inteligentes”, ou “smart labels”.


Baseadas na, então, recente tecnologia RFID, estas etiquetas  permitiriam um controle mais eficaz e simplificado. No caso do varejo, a ideia era de que os consumidores colocassem suas compras no carinho (que iria registrando estes itens e computando o total da compra durante o processo) e, ao saírem por um portal, todos os itens seriam automaticamente debitados do seu cartão de crédito, sem caixas, filas ou qualquer outro incômodo. Para o varejista, também terminariam os problemas com pequenos roubos, visto que o portal seria capaz de registrar qualquer item, mesmo que este não estivesse no carrinho. Para os centros de distribuição, o processo de inventário de estoques seria imensamente simplificado e mais preciso, através da leitura de todos os itens dentro de um galpão (ou pallet, caminhão, contêiner etc.) a um simples “click” de um leitor. 
O controle de ativos fixos de empresas (tradicionalmente controlados pelas plaquetas de patrimônio) também se tornaria mais preciso e ágil. Evidentemente, como toda nova tecnologia, os custos eram elevados, o que dificultava a sua implantação em larga escala. Todos nós aguardávamos o momento em que o ganho de escala traria reduções de custo e, então, resolveríamos muitos dos nossos problemas.
Passados quase 10 anos das primeiras notícias, as etiquetas inteligentes estão por toda parte: controlando a arrecadação de pedágios e estacionamentos urbanos, protegendo alguns itens de alto valor agregado, incrementando a segurança de documentos oficiais (como passaportes e identidades) e cartões de crédito, além de substituírem os crachás com códigos de barras pelos cartões de proximidade. A redução de preços foi expressiva, apesar de ainda ser dezenas de vezes mais cara que outras soluções de tecnologia impressa.
O ponto crítico é que, apesar das inúmeras aplicações presentes (e que sequer eram imaginadas em 1980), muitas das promessas permanecem distantes da realidade. Percebeuse que existem diversas e sérias limitações, principalmente no processo de leitura dos RFIDs. Interferências eletromagnéticas, proximidade com outras etiquetas ou com superfícies metálicas, distância entre leitor e etiqueta, entre tantas outras, criaram situações embaraçosas. Muitos projetos optaram por aceitar que a leitura de itens em um pallet (por exemplo) possui 80% de perfeição, ou seja, o número de itens lidos pode ou não ser o real.
Antes de ser alvo da fúria dos fabricantes, consultores e mesmo usuários da tecnologia em questão, gostaria de deixar claro que não estou criticando-a ou diminuindo a sua grande importância em tantas aplicações. Apenas busco relembrar a distância entre o sonho inicial e  a realidade presente da tecnologia. 
Por outro lado, a década iniciada em 2010, trouxe novas possibilidades como alternativa ou complemento das etiquetas inteligentes. Falo do advento da computação em nuvem (cloud computing), dos códigos de barra bidimensionais (especialmente os QRCodes e DataMatrix, estes já bastante antigos) e o poder dos smartphones, com aplicativos de leitura de códigos de barra e navegação na internet. Se, por um lado, ainda não é possível efetuar e leitura do conteúdo completo de carrinhos de compra, contêineres ou galpões, por outro lado, tornou-se viável o desenvolvimento de sistemas e etiquetas inteligentes de baixo custo e alto poder de 
armazenamento, manipulação e consulta de dados. Assim, etiquetas patrimoniais, lacres de contêineres, crachás, credenciais de segurança, documentos oficiais contam com alternativas economicamente mais competitivas e, dependendo do alcance e objetivo de cada aplicação, tão ou mais poderosas que o RFID.
Para os próximos anos, já se anuncia uma nova geração de smartphones capazes de ler e registrar dados em tags RFID. Será?
Tenho certeza, um novo salto tecnológico para os processos de segurança e controle de ativos. (Eduardo Salles)

Fonte: Revista Jornal da Segurança - Setembro/2012.

Como funciona uma Central de Alarme?


Nos dias atuais sabemos que muros e grades já não são mais sinônimos de segurança, e com o avanço da violência, nós nos preocupamos cada vez mais em levar segurança para a nossa família e o local onde moramos. Pensando nessa necessidade e a constante procura por segurança a Mundomax vem trazer algumas informações sobre os vários modelos e funcionalidades das Centrais de Alarme.  
Existem no mercado vários modelos e marcas de Centrais de Alarme, todas elas possuem a mesma finalidade que é proteger o local onde a mesma está instalada. Começaremos então falando sobre os itens que compõe uma Central de Alarme e o que ela pode oferecer ao consumidor. 
Central de Alarme:
Em sua maioria a Central de Alarme é composta pela Central propriamente dita que é como se fosse sua base, também são necessários os sensores que são os responsáveis pela identificação de uma possível invasão, asirene que fará o trabalho de alerta sonoro no caso de uma invasão, os controles que servirão para a ativação e desativação da Central de Alarme e por fim a discadora que tem a responsabilidade de fazer a comunicação do disparo do alarme com os fones cadastrados para receber a ligação no caso de uma invasão. Há, não podemos nos esquecer da alimentação da Central de Alarme que é feita através de uma bateria selada de 12v/7 na maioria dos fabricantes, mas este item na maioria das vezes não acompanha a Central de Alarmes. 
Central de Alarme 2 Setores Como funciona uma Central de Alarme?
Setores:
As Centrais de Alarme são compostas em sua maioria de dois a oito setores, sendo que cada setor corresponde a um local a ser monitorado, podendo ser colocado em cada setor um numero indeterminado de sensores seja eles sensores de parede com fio ou sem fio e também sensores de porta ou janela (que veremos detalhes a seguir). Ou seja, se você quiser utilizar uma Central de Alarme na sua residência e a mesma possui uma sala, uma cozinha, dois quartos e um banheiro você irá precisar de uma Central de Alarme com cinco setores isso se você quiser cobrir todos os cômodos da residência. 
Sensores:
Como mencionado acima as Centrais de Alarme precisam de sensores que podem ser os convencionais com fio ou sem fio e também existem os sensores de portas e janelas que seguem os mesmos padrões dos convencionais podendo ser com fio ou sem fio. A diferença entre eles é somente a questão da praticidade de instalação, que no caso dos sensores sem fio não é necessário ao instalador a passagem dos fios pela parede, e também a questão do preço que no caso dos sensores com fios é um pouco mais barato, mas sendo assim é preciso ser avaliado a necessidade de cada ambiente verificando qual a melhor opção de sensores para acompanhar a Central de Alarme a ser utilizada. 
Sirene:
A sirene é um acessório fundamental para o bom funcionamento da Central de Alarme, ela normalmente é bitonal o que significa que possui dois tipos de sons, normalmente consome em torno de 0,3 A e trabalha tem a intensidade de som em torno de 120 db, em sua maioria são nas cores preta e branca, mas todos esses detalhes não interferem na parte funcional de sua Central de Alarme. 
Controles:
O controle é um acessório fundamental para o funcionamento de sua Central de Alarme, normalmente ele acompanha a Central de Alarme, mas em caso de perder ou até mesmo ter estragado o seu controle ele também é encontrado a venda separadamente. Ele possui normalmente uma bateria 12v, e funciona na frequência de 433 Mhz. 
Discadora Central de Alarme Como funciona uma Central de Alarme?
Discadora:
Responsável pela comunicação da Central de Alarme e o usuário, a discadora pode armazenar até nove números de telefone com vinte e dois dígitos cada um, sendo assim no caso do dispara do alarme da Central o fone cadastrado recebe uma ligação de aviso. 

Fonte: MundoMax

FAST - a tecnologia de previsão de crimes



Existe alguma tecnologia que pode detectar a intenção de um terrorista antes dele cometer um crime? Sim, existe e já está em testes.


Em 1956, Philip K. Dick escreveu um conto de ficção chamado MINORITY REPORT que em 2002 se tornou um filme de bastante sucesso dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom Cruise. A história tem lugar numa sociedade futurista onde é possível se fazer previsões de crimes de homicídio antes que eles ocorram, graças ao auxílio de indivíduos, conhecidos como precogs, que podiam ver o futuro. 
Com o crescente problema de terrorismo iniciado desde o 11 de Setembro, o Departamento de Segurança Interna - DHS ( Department of Homeland Security) dos Estados Unidos desenvolveu diversos programas de pesquisas na área de segurança e, um deles em particular, guarda uma interessante semelhança com a história da ficção. Trata-se da tecnologia FAST – acrônimo de FUTURE ATTRIBUTE SCREENING TECHNOLOGY (Tecnologia de Triagem de Atributos Futuros, numa tradução livre).
A ideia é se usar uma série de sensores não invasivos que, através do uso de imagens de vídeo, gravações de áudio e da coleta das chamadas “medidas psico-fisiológicas” como movimento e piscar dos olhos, batimento cardíaco, temperatura corporal, fornecem dados para um software que analisa e conclui que pode haver o potencial de um ato terrorista.
A Base do Projeto é o desenvolvimento e a validação do que o DHS conceituou como “Teoria da Má Intenção” – a intenção de causar danos. Embora indivíduos possam apresentar má intenção em uma variedade de situações, o foco específico do FAST é identificar pessoas que exibam indicações psicológicas que possam ser qualificadas como Má Intenção com finalidade criminosa. Cientistas do comportamento  afirmam que alguém com má Intenção age de modo estranho, mostra maneiras fora de padrão ou apresenta reações psicológicas diferentes baseadas no desenrolar de situações criminosas.


A ideia de se detectar atitudes suspeitas já havia sido realizada anteriormente através de um programa
da autoridade de segurança de transportes TSA, uma afiliada do DHS que é responsável pela segurança dos aeroportos dos Estados Unidos. Um programa chamado SPOT, acrônimo de Screening Passengers by Observations Technique (Triagem de Passageiros por Técnica de Observação) treinou mais de 3.000 oficiais que atuam em 161 aeroportos americanos com técnicas de observação de linguagem corporal e comportamento, destinadas a identificar pessoas que pudessem representar ameaça a passageiros aéreos. De acordo com a Agencia, desde a primeira fase do programa, de Janeiro de 2006 até Novembro de 2009, inspetores treinados na detecção de comportamento encaminharam 232.000 pessoas para uma segunda triagem que envolve inspeção mais detalhada de bagagens e teste de explosivos. Desse universo de  suspeitos, 1.710 foram presos, número que a TSA atribui como sucesso do programa. 
A teoria de má Intenção, em que se fundamenta o FAST, é uma criação de dois psicólogos: Daniel Martin
e sua esposa Jennifer Martin. Daniel, da Universidade de Yale em Connecticut, que trabalhou na área de entorpecentes. Daniel teve de desenvolver a teoria desde o inicio, uma vez que não havia trabalhos publicados com testes psicológicos, comportamentais ou indicativos paralinguísticos que pudessem detectar más intenções de modo efetivo. Martin e sua equipe publicaram o que eles dizem ser o primeiro estudo que contempla má intenção em um estudo realístico de pesquisa aplicada. 
O desenvolvimento do FAST teve início em 2008. De acordo com o DHS, o FAST emprega cinco  sensores remotos que podem medir as pupilas e também perceber o olhar fixo de indivíduos.  Há também câmeras térmicas que mapeiam sutis diferenças na temperatura do rosto, além de áudio onde se analisa mudança de timbres em vozes humanas.
Vídeo de alta resolução é usado para analisar expressões faciais e movimento do corpo. Outros tipos de sensores especiais para detecção de feromônios também estão sendo estudados. Testes com unidades  móveis estão sendo feitos em locais não declarados nos Estados Unidos. Atualmente é declarada uma taxa  de acerto em laboratório de 70%.
Uma das empresas contratadas para os testes produziu unidades móveis sobre rodas para serem utilizadas
em eventos especiais. Um filme de divulgação do produto pode ser visto no vídeo abaixo ou através do site: vimeo.com/8166276.

Fonte: FRATE, Denis. FAST - A tecnologia de Previsão de Crimes. Jornal da Segurança, São Paulo: Agosto, ano 19, nº 216, p. 26-27, Ag. 2012.